terça-feira, fevereiro 24, 2009

Desejo

Oh! Quem me dera ser ouvidos
para não quebrar o silêncio das máscaras!
Quem me dera ser a imagem duma lua matinal,
que passa linda, serena, fresca e orvalhada
como a brisa branqueando num quintal!
Quem me dera ser o desejo de um se por realizar
ser um azul, uma gaivota, um sopro de mar!
Quem me dera ser o desejo não sentido do que nunca serei!
Ser e não ser a certeza de tudo o que não sei!
Quem me dera poder o que não posso desejar!
Ser um céu de azul espelhado no mar!
Quem me dera ser apenas o que sou,
mas como posso sê-lo se o agora já passou!?

3 comentários:

  1. O agora já passou, Jordas. "Tudo é foi", diz o poeta. POrque o poeta sabe das coisas e dos segredos das gaivotas. Talvez por isso as tuas palavras mostram os silêncios dos desejos que são azul, porque mar, porque céu, porque poema, porque máscaras de outras coisas que não se podem mostrar.
    Gostei muito. Só uma coisa: há outros agoras por viver. Diferentes dos que foram, mas agoras.

    ResponderEliminar
  2. Já experimentaram apanhar cerejas da árvore? Nunca vem só uma.. e são tão boas que continuamos a querer só mais uma. só mais outra...

    ResponderEliminar
  3. Olá!

    O Tempo é tema recorrente em nós, que gostamos de escrever. Assim como o silêncio, a voz...

    Muito, bacana. Parabéns! [sem inveja alguma]

    Taninha

    ResponderEliminar