Agora, eu era a gôndola e escondia os amantes. A capa do meu gondoleiro guardava o seu abraço.
Agora eu era a ponte e suspirava segredos pelos canais. O silêncio branco dos meus arcos amparava os seus corpos que se derramavam em sombras nas águas nocturnas.
Agora, eu era a lua e acendia-me redonda, cheia.
Agora, eu era
Não, não era nada.
A noite engoliu os amantes
Uau|
ResponderEliminarEu era a noite engolidora de amantes, de luas e gôndolas. Roubava os murmúrios às água cálidas dos canais e humidava de saudades os dias e as pedras das pontes e murais. Dos amantes apenas restaram as fotos na Praça de S. Marcos, pontilhadas, esvoaçantes de pombos outonais. Do gondoleiro resta a capa preta do encanto e a canção dolente de remos nos canais.
ResponderEliminarAsim regressei a uma Veneza numa tarde de carnavais.
Lindo!
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